passo
disso
O
passado de cada dia nunca pertence ao passado
O
passe é o infortúnio inevitável em que me movo
Olho
para o passe enquanto o passo, e a légua maior pertence ao meu
movimento.
incontável
légua dentro de mim,
estrada
amorfa marcada por minha pésada.
Os
pés pesam sobre o piso
e
o passo pensa sob mim
pouco
peso sobre o piso.
Piso
firme, pés estreitos
pista
fria pelos pêlos,
pelo
peito prenso chiam meus novelos
quando
me recordo já me perdi de mim
desgarrei
do osso
virei
um passadiço inventado.
Passo
disso: largo o Pedro,
alargo
a palma.
Berlin,
junho 2013, 05:50 a.m.
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